Transparência é o caminho para recuperar a ética nas instituições

Programas de Compliance garante a integridade, afirmou Flecha de Lima – Foto: Ivan Andrade

Programas de Compliance garante a integridade, afirmou Flecha de Lima – Foto: Ivan Andrade

Para vencer a crise instalada nas instituições públicas e privadas do Brasil e reencontrar o caminho natural das relações governamentais é preciso transparência. Convidado do “Tá na Mesa” da Federasul, nesta quarta-feira (20/04), o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo CDN, Luiz Antonio Flecha de Lima, destacou que para resgatar a ética e reposicionar estrategicamente os relacionamentos é preciso evitar improvisos e apostar numa atuação clara que incentive o diálogo e a reflexão junto à sociedade. Ele chamou a atenção para a importância da implantação de programas de compliance para garantir mais integridade as organizações. Com a técnica é possível evitar que a empresa seja onerada com restrições legais, multas, punições judiciais, além, é claro, com a mácula em sua reputação.

Flecha de Lima explicou que para desenvolver um trabalho baseado na confiança deve-se identificar os problemas e propor uma agenda positiva por meio da formulação de políticas públicas. “O resultado deve estar na legitimação e implantação dessas estratégias”, explicou ao comentar que todos os passos devem ser pensados para integrar as áreas da instituição, ao mesmo tempo, com o olhar voltado para a percepção e entendimento dos setores econômicos, sociais e ambientais.

Também faz parte do processo de retomada da credibilidade e do reconhecimento a criação de redes de aliados e, assim, mapear as forças e fraquezas, as oportunidades e ameaças. “As pessoas devem ser comunicadas e educadas sobre a importância da atividade econômica da instituição”, sugeriu.

Durante a sua palestra, Flecha de Lima também falou que apesar do tráfico de influências gerado pela atividade de relações institucionais existir desde a década de 60 é necessária a regulamentação da atuação do lobby no Brasil. O vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo CDN acredita que com o reconhecimento será possível a abertura de mercado e o crescimento do segmento, assim como acontece nos países europeus, nos Estados Unidos e Canadá.

PUBLICADO EM: 20 de abril de 2016