Sem crédito, 5% dos empreendimentos no RS podem deixar de existir até fim de julho

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Impacto do encerramento das atividades afetará mais de 500 mil pessoas

live Tá na Mesa desta quarta-feira (15) recebeu o diretor-superintendente do SEBRAE RS, André Vanoni Godoy. No painel, o executivo abordou o tema “A reinvenção dos pequenos negócios na crise”. O encontro foi mediado pela presidente da FEDERASUL, Simone Leite, e comentários dos vice-presidentes, de Integração, Rafael Goelzer, e Fernando De Paula.

O SEBRAE RS dividiu a crise em cinco ondas e, em cada momento e com o avanço da COVID, ações estratégicas foram adotadas pela instituição, desde o aperfeiçoamento de ambientes digitais, oferta de serviços de apoio aos parceiros e também, a mensuração de informações por meio de uma pesquisa que concentrou importantes dados e trouxe um raio-x da situação dos empreendedores gaúchos.

Do total de empresas que integram a base do SEBRAE, apenas 21,4% não conseguiu funcionar, inclusive por meios digitais, visto a execução dos serviços (cabeleireiro, estética, entre outros). Quase 40% das empresas estão adaptando suas estruturas e cerca de 17% inseriram ferramentas digitais em suas atividades.

Um dado preocupante é o que registra a expectativa dos empreendedores para os próximo 30 dias. Pesquisa feita pela instituição retratando a situação entre 17/6 e 25/6, indica que 5% dos empresários cogitam o encerramento das atividades e 9,2% pretendem reduzir de tamanho. E as queixas são as já amplamente divulgadas pela classe produtiva: dificuldade de acesso ao capital de giro. Do total de empresas ouvidas, 65,9% relataram dificuldades em aderir linhas de crédito para recompor o caixa.

Ainda na questão do crédito, 59% das empresas não acessaram e 23% seguem em análise. O valor médio solicitado pelos emprendedores foi de R$ 50 mil. Segundo André, “75% das empresas vinculadas com o SEBRAE RS registram queda de, no mínimo, 50% no faturamento”.

A presidente da FEDERASUL reafirmou sua preocupação e indignação com a dificuldade em aderir às linhas. Na visão de Simone, o acesso significa a manutenção da atividade empresarial e de empregos “a FEDERASUL defende que toda a vida importa, mas a manutenção das empresas e empregos preservam vidas”, afirmou.