Rodrigo Constantino incentiva e prioriza o debate sobre a Covid-19

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Economista e colunista de grandes jornais do Brasil participou do primeiro Tá na Mesa totalmente virtual

Simone Leite, na sede da Federasul e Rodrigo Constantino direto dos EUA / FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Esta quarta-feira (29) entra para a história da Federasul. Ela marca o inicio do Tá na Mesa Virtual. Para registrar essa estreia, em 2020, a presidente da Federasul, Simone Leite, diretamente da sede da Entidade em Porto Alegre, debateu com Rodrigo Constantino, direto dos EUA, sobre como conciliar saúde e economia.

“Não, a COVID não é uma “gripezinha”. Um infectado transmite para 3 pessoas. Essa é a escala evolutiva da doença”, assim começou o economista. Na visão de Constantino, a Organização Mundial da Saúde (OMS) virou uma entidade com fins políticos, principalmente sob o comando do etíope Tedros Adhanom. Na perspectiva de Rodrigo há inúmeras falhas por parte do organismo. Não decretar estado pandêmico há mais tempo, não desestimular viagens, não recomendar o uso de máscaras, além de se basear em dados do governo chinês, que não podem ser auditados por causa do regime ditatorial, são alguns dos equívocos da Entidade.

Racionalidade

Constantino usou dois mapas de fundo: epidemiológico e econômico. “Um epidemiologista, bem formado e que pesquise e que seja qualificado para o cargo, precisa achatar a curva e ganhar tempo para um antídoto”, disse. O economista “vê tudo com desconfiança. Ele vê o trade off e os reflexos disso na economia global, que pode implodir. Nenhuma economia resiste há uma quarentena infinita”, afirmou.

Bolsonaro

Rodrigo, que é autor do livro “Esquerda Caviar”, afirmou que “Bolsonaro erra na forma, mas joga luz na economia”. Para o colunista, a COVID-19 expôs a fragilidade do SUS. Manaus, de acordo com ele, só vive o caos que está passando por falta de gestão. ”O mundo sabe que a malária e a febre amarela são muito presentes naquela região, tanto que a Cloroquina é tomada como profilaxia. Sabendo dos riscos epidemiológicos da região e o governo nunca investiu em hospitais e leitos de UTI. Agora quer culpar o corona?

Critico ferrenho da esquerda, ele se utilizou do termo “Quarentena Caviar”, representado pelos ricos que “mamavam” nas tetas da Lei Rouanet e dos Governos Lula e Dilma e “vão para suas sacadas beber e cantar, enquanto o favelado e o pobre desempregado não sabe o que vai ter para o jantar. Bolsonaro peca na forma, mas se preocupa com o povo, mas se auto destrói em suas crises políticas e ministeriais” ilustrou.

O Mundo Pós-COVID

Rodrigo defende uma mudança global no relacionamento com a China, mesmo que se coloque em cheque a globalização. “O Mundo tem que dar essa resposta. A Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos são críticos ferrenhos a OMS. É preciso que haja um rompimento e um novo comportamento da comunidade internacional”.

Impeachment e STF

Na visão do escritor, o Congresso Nacional não irá aprovar nenhum impedimento e colocar Mourão na Presidência da República. Quanto à Suprema Corte,”esse é o órgão que deveria ser o guardião da Constituição, mas é o maior gerador de insegurança jurídica do nosso País. Uma Instituição que se mete no Poder vizinho, que governa para benefício próprio, não pode ser levada a sério”

No inicio do painel a presidente agradeceu aos patrocinadores e a Rodrigo Constantino pela disponibilidade e por”oportunizar esse tipo de reflexão tão profunda e necessária”, finalizou Simone.