Gastronomia como ferramenta social e de negócios

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Os chefs Jú Corrêa; Neka Menna Barreto e Carlos Kristensen falaram sobre o tema: Gastronomia Inovadora na primeira edição do Tá na Mesa de outubro

Simone Leite com Neka Menna Barreto(esq.); Chef Jú e Carlos Kistensen – Foto: Rosi Boninsegna

Brasil é caracterizado pelas inúmeras possibilidades de sabores e temperos. Um país de proporções continentais como o nosso possui uma gama de alimentos que estão presentes nas mesas do mundo todo. São milhares de tipos de frutas, tubérculos e especiarias. Pela primeira vez na história da Federasul, o palco do Tá na Mesa discutiu o mundo da gastronomia e suas tendências. Para um público seleto de convidados, a reunião-almoço aconteceu na sede da Entidade, no quarto andar do Palácio do Comércio, em Porto Alegre, sob o comando de Simone Leite, presidente da Federação.

Jovem com espirito empreendedor e visionário, é Juliana Corrêa ou simplesmente Chef Jú. Amante da culinária francesa, Juliana viu na gastronomia o seu verdadeiro chamado. “Eu cozinho o tradicional. Alguns dizem que posso estar parada no tempo, mas acredito que estou no caminho certo. A culinária francesa pouco ou nunca mudou e sabemos o sucesso de seus prato”, disse Jú. Recentemente a jovem cozinheira criou uma marca de produtos que disponibiliza o conhecido sabor e o tempero de seus pratos a ambientes distintos, como por exemplo uma rede de salões de beleza na capital gaúcha. Outra grande inspiração de Jú é disponibilizar a magia de seus pratos aos pacientes de um conhecido e luxuoso empreendimento de saúde de Porto Alegre, o Blanc Hospital Med Plex. Além disso, a chef projeta o lançamento de uma linha de alimentos congelados e outra voltada para quem quer cuidar da silhueta.

Com a pegada de valorizar os sabores locais e aprofundar receitas, além de considerar a importância das raízes culinárias, o chef Carlos Kristensen, que foi agraciado com o título de Chef do Ano de Porto Alegre, explicou que na culinária “é necessário viajar, em todos os sentidos. Viajar por terras desconhecidas, descobrir e unir sabores. Temos que ter a consciência de que a culinária é um todo”, disse Kristensen, que remeteu à sua marca “Internacionalmente Local”, que prega a ideia de unir e descobrir novas receitas pelos rincões do mundo.

Com uma visão sustentável e conectada com a necessidade de valorizar o alimento e a essência da comida, a tradicional e conceituada Neka Menna Barreto provocou a plateia para a importância da boa alimentação e do bom alimento. “A gastronomia tem que estar conectada com a valorização do alimento. Reaproveitar pratos e criar novas texturas, cores e sabores. Não se pode ter medo na cozinha. Vivemos em um país que desperdiça 45kg de comida por pessoa a cada dia, enquanto milhões estão famintos país a fora”, disse.