Sicredi aposta em um 2020 positivo para a economia brasileira

Alexandre Barbosa, tesoureiro Executivo do Sicredi, afirmou que crescimento está diretamente ligado à coordenação política entre Planalto e Congresso

Alexandre Barbosa, tesoureiro executivo do Sicredi, durante coletiva na Federasul. FOTO: Rosi Boninsegna

Apesar das inúmeras dificuldades e empecilhos que travam a economia brasileira, o modelo de cooperativismo é um case de sucesso consolidado em todo o mundo. Hoje quase tudo pode estar funcionando nessa modalidade econômica (saúde, educação, telecomunicações, construção civil, finanças), entre outras alternativas. O economista gaúcho do ano, escolhido pelo Corecon (Conselho Regional de Economia), e tesoureiro Executivo do Sicredi, Alexandre Barbosa, foi o palestrante do Tá na Mesa, da Federasul, e falou sobre o sistema cooperativo financeiro. Otimista também expôs, em linhas gerais, as perspectivas econômicas para o próximo ano.

Problemas geopolíticos como a “Guerra” Comercial EUA x China; Brexit e a tensão em Hong Kong devem dominar a pauta econômica do próximo ano. A desaceleração econômica global, de acordo com estudo apresentado pelo economista, está ligada na queda da produtividade no setor de manufatura. “A nível de Rio Grande do Sul seremos impactados pelo novo governo da Argentina, que tende a ter uma política mais populista, e que sabemos que não é esse o caminho que se deve seguir”, disse.  

Outro importante passo, segundo Barbosa, está na unificação em busca de alternativas em prol da Reforma Tributária, que irá repercutir na simplificação fiscal do País, considerada uma das mais complexas e desiguais do planeta.” Acreditamos em um PIB para 2020 na casa de 2,4%. Mas tudo depende da política, do clima político. O ano tende a ser “menor” pois temos eleições municipais e, a nível mundial, a escolha do novo presidente dos Estados Unidos. Com certeza o dólar seguirá valorizado, pressionando as demais moedas mundiais”, afirmou Alexandre.

Provocado pela presidente da Federasul, Simone Leite, sobre o futuro do governo de Jair Bolsonaro, o executivo afirmou que” o ministro Guedes tem tudo para dar certo. Capacidade técnica possui, mas falta traquejo político. Precisa mostrar a que veio. Economicamente falando, se hoje fosse período eleitoral, dificilmente Bolsonaro seria reeleito”, disparou.

Para o economista o foco deve ser mantido no ajuste das contas públicas, que possibilitou um PIB de 1,1% (2019), e esse crescimento, na sua visão, dá-se pela aprovação da Reforma da Previdência. Outra área que precisa avançar é a melhora no ambiente de negócios, apesar de já estar em vigor a Lei da Liberdade Econômica – uma das bandeiras defendidas pela Federasul em 2019.

Ao falar sobre sua empresa, Barbosa lembrou que o Sicredi cresce, e sempre cresceu, até nos momentos de crise. “Nossa perspectiva é manter o desempenho acima de 20% em nossa carteira de crédito”. O Sicredi atualmente conta com mais de 4 milhões de associados e uma receita líquida na casa de R$ 2bi (2018).

Encerrando o Tá na Mesa, Simone disse que “o ano termina melhor que começou. Temos esperança no futuro e a Federasul cobrará dos políticos um Rio Grande do Sul e Brasil melhores de se viver, produzir, gerar riqueza e amistoso com a classe produtiva”, afirmou.

RECONHECIMENTO

Como forma de agradecimento a Federasul aproveitou o Tá na Mesa para entregar uma placa-homenagem a 43 parceiros, entre eles grupos de comunicação, empresas de diversos setores e Organizações representativas, que auxiliaram a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul a por em prática inúmeros projetos ao longo de 2019, tais como o 15º Congresso da Federasul; 25º Prêmio Líderes & Vencedores; 3º Elas no Agro RS e 8º Vencedores do Agronegócio, Fórum Federasul: O Rio Grande em Transformação, além do Tá na Mesa, que este ano completou 1000 edições e 26 anos de criação.

PUBLICADO EM: 4 de dezembro de 2019