Setor automobilístico projeta recuperação para o segundo semestre de 2016

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Alarico Assumpção Jr., Presidente da Fenabrave

Mesmo que ainda sentindo o gosto amargo da queda dos números da distribuição automotiva, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) projeta para o segundo semestre de 2016 a retomada do crescimento. A expectativa está alicerçada no setor do agronegócio e, em especial, na produção de soja que precisa ser escoada em todo o Brasil. Durante o “Tá na Mesa”, promovido pela Federasul, nesta quarta-feira (07/10), o presidente da entidade, Alarico Assumpção Jr., disse que o setor voltou a ter resultados de nove anos atrás ao contabilizar a queda de 23,8%. “O número reflete as limitações e variações do PIB brasileiro que deve fecharem queda em 2015”, ponderou. Outro motivo que levou a queda na distribuição é a falta de confiança do empresário, do investidor e do consumidor, avaliou Assumpção, ao revelar que até o momento 776 concessionárias deixaram de operar no Brasil. “O impacto social é de perda de 17 mil empregos diretos”, pontuou. Responsável por 5% do PIB, o setor que, chegou a atingir um volume de distribuição de 14 mil unidades/dia, assiste à queda para 9 mil unidades/dia. 

A Fenabrave acredita em uma pequena recuperação no último trimestre do ano, em função dos lançamentos que serão colocados no mercado e do 13º salário que, em muitos casos, facilita a aquisição de um produto novo. “Logo, o primeiro semestre será de muito sacrifício”, projeta o presidente da entidade. Com otimismo a Fenabrave estima que a elevação dos números de distribuição pode bater a marca de 14 mil produtos/dia, no segundo semestre de 2016.

Ao reconhecer que o momento é extremamente difícil para o setor, Assumpção argumenta que o imposto que agrega sobre o veículo é o mais caro do mundo.  “Ficamos à mercê de guerras fiscais e medidas de correção que mudam, radicalmente, o nosso negócio”, criticou. Ele revelou que para enfrentar a crise, os empresários estão ajustando o seu trabalho desde 2009. “Foi quando a sirene alertou para as dificuldades futuras”, contou ao salientar que a intenção do setor é de manter empregos e gerar riquezas.  

Com 8 mil concessionárias cadastradas, 51 associações de marca filiadas, 23 escritórios regionais e presente em mais de mil municípios, a Fenabrave possui o registro de que o setor mantém 410 mil empregos diretos. 

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Foto: Ivan Andrade

PUBLICADO EM: 7 de outubro de 2015