Plano de Distanciamento em xeque

Líderes regionais e deputados federais e estaduais querem evitar o colapso maior e pedem participação nas decisões do Executivo

Regional Missões, Noroeste Colonial e Fronteira Noroeste – FOTO: REPRODUÇÃO/ZOOM

A última reunião regional remota desta segunda-feira (20) reuniu as lideranças das regiões Metropolitana, do Vale dos Sinos e Caí, que a partir das 19h, discutiram a questão do distanciamento controlado e a relação com a atividade econômica. Novamente o consenso foi a tônica dos encontros virtuais qu reuniu mais de 300 participantes nas três reuniões regionais (Missões, Vale do Rio Pardo, Jacuí, Centro, Metropolitana, Vale dos Sinos e Caí) com líderes dispostos a trabalharem em conjunto para que também participem das decisões do Conselho do governo que define as bandeiras. As reuniões remotas que transcorreram no mesmo tom, deixaram claro que as decisões precisam ser tomadas em conjunto e que, especialmente a saúde e a economia precisam ter total sintonia.

Na abertura do encontro, a presidente da FEDERASUL, Simone Leite, e o vice-presidente de integração, Rafael Goelzer, reforçaram a necessidade urgente de se encontrar um ponto de equilíbrio pois as empresas estão sucumbindo. Lembraram dos investimentos em estruturas de proteção e voltaram a dizer que  “não há lugar mais seguro que dentro das empresas”

Reunião com a Região Vale do Taquari, Rio Pardo e Jacuí-Centro – FOTO: REPRODUÇÃO/ZOOM

O deputado federal Pedro Westphalen reforçou a autonomia dos prefeitos. Elogiou as ações da Federasul e disse que é importante observar todos os protocolos. Defendeu a “testagem em massa como uma forma de controle da epidemia”. Também o deputado Ronaldo Santini foi taxativo em defender a união entre a saúde e a economia. “Pessoas sem dinheiro não sobrevivem e pessoas sem saúde também”, disse.

A bancada estadual produziu um documento que será assinado por 22 deputados solicitando ao Executivo espaço para ajudar mais nas ações, participar mais das decisões. “As pessoas, seguindo os protocolos, podem trabalhar”, disse a deputada Any Ortiz. Já, o deputado Issur Koch enfatizou a questão da força de trabalho em relação as bandeiras lembrando que as empresas devem abrir com 50% de sua capacidade ou 25% dependendo da bandeira. O parlamentar Giuseppe Riesgo lembrou que esta questão não pode se tratada com histeria.

O deputado federal Pedro Westphalen reforçou a autonomia dos prefeitos. Elogiou as ações da Federasul e disse que é importante observar todos os protocolos. Defendeu a “testagem em massa como uma forma de controle da epidemia”. Também o deputado Ronaldo Santini foi taxativo em defender a união entre a saúde e a economia. “Pessoas sem dinheiro não sobrevivem e pessoas sem saúde também”, disse.

A bancada estadual produziu um documento que será assinado por 22 deputados solicitando ao Executivo espaço para ajudar mais nas ações, participar mais das decisões. “As pessoas, seguindo os protocolos, podem trabalhar”, disse a deputada Any Ortiz. Já, o deputado Issur Koch enfatizou a questão da força de trabalho em relação as bandeiras lembrando que as empresas devem abrir com 50% de sua capacidade ou 25% dependendo da bandeira. O parlamentar Giuseppe Riesgo lembrou que esta questão não pode se tratada com histeria.

Autoritária

O deputado Tiago Simon mostrou preocupação com a forma como está concretizada as decisões do poder decisório do Executivo que afeta a liberdade de empreender o próprio negócio. “Ser governante é uma situação muito difícil” reconheceu, enfatizando que viu muitos “equívocos que causaram repercussão econômica negativa”. As entidades representativas devem elevar o tom. “Não podemos permitir que continue assim e digo que estamos totalmente ao lado dos empresários no Estado”.

O deputado Elton Weber deixou claro que o fechamento foi iniciado muito cedo. Agora, disse, “vamos prorrogar tanto tempo que muitos negócios não vão sobreviver. Há um descompasso nesse formato”. O deputado estadual, Edson Brum, defendeu a retomada gradual das atividades econômicas. “Devemos esquecer esse plano das bandeiras, que se mostrou ineficiente. A força empresarial deve se organizar em prol da reabertura gradual das atividades. Não dá para aceitar esse abre-fecha”.

O senador Heinze, explicou as altas cifras que já foram enviadas pelo Governo Federal ao Governo do RS. Nos cofres do Piratini já foram depositados mais de R$ 1,2 bi, sendo que deste valor, R$ 65 milhões devem ser investidos em saúde, o restante para quitar custos da máquina pública. Esta verba em específica deve ser novamente depositada ao governo gaúcho em 60 dias. Outro vultoso repasse deve injetar, via Governo Federal, mais de R$ 1,4  bi. Metade deste valor já foi depositado nas contas do RS. 15% deste valor é de uso exclusivo para o setor da saúde dos municípios. É preciso que as Entidades Empresariais cobrem dos prefeitos o emprego desta verba. Unam esforços”, falou Heinze.

Regional Metropolitana, Vale Rio dos Sinos/Vale Rio Caí – FOTO: REPRODUÇÃO/ZOOM

Outro ponto discutido, e que está sendo articulado com a bancada gaúcha e senadores é o tocante a medida que retirou dos gestores municipais a autonomia sobre o combate e prevenção ao coronavírus. Líderanças políticas locais voltaram a clamar por ampliação da participação de prefeitos, em conjunto com a classe produtiva local.

Sintonia

Organizados pela Federasul, a série de encontros reuniu ainda o senador Luis Carlos Heinze, o líder da bancada gaúcha na Câmara, Giovani Cherini, além dos deputados, Marcel van Hattem; Fabio Ostermann e o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo. Heize e Cherini defenderam o chamado Tratamento Precoce, que é composto por medicamentos que, segundo a OMS, não possui eficácia comprovada.

Além desta alternativa, o deputado Giovani Cherini afirmou que se faz necessário que o governador tenha a assessoria de um grupo de médicos que o atualize de outros protocolos ou alternativas de tratamento que evitem a evolução da doença”. O parlamentar também alertou que “se tivesse sido levado a sério o protocolo “Trabalho-Casa-Casa-Trabalho a situação seria completamente diferente”, disse.

O deputado Gerson Burman, defendeu e cobrou modificações profundas nas regras do Plano de Distanciamento. De acordo com ele, “comitês com prefeitos é que devem deliberar pela implantação ou não de determinada bandeira. Esse grupo precisa ter representantes da classe política macrorregional e empresarial”, afirmou. O prefeito de Lagoa Vermelha, Gustavo Bonotto, enfatizou que o modelo das bandeiras restritivas, “até hoje não trouxe nenhum resultado prático, ao não ser a quebradeira de empresas”.

Amanhã (21) as reuniões regionais iniciam às 9h com o Alto Médio Uruguai, Norte, Produção, Alto do Jacuí Botucarai. Seguem às 13h30min com a região do Litoral. Às 16h com lideranças da Serra e regional Hortênsias/Nordeste e encerram às 18h,com as regionais Sul e Campanha, Centro-Sul,Fronteira Oestes e Central. Todas as reuniões regionais coordenadas

pela presidente Simone Leite e o vice-presidente de integração, Rafael Goelzer.

PUBLICADO EM: 20 de julho de 2020