Foco no agro e as consequências positivas ao crescimento do Brasil

Paulo Herrmann e o vice-presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa – Foto: Rosi Boninsegna

A primeira palestra da manhã do último dia do 15º Congresso da Federasul, em Gramado, contou com a presença do presidente da John Deere, Paulo Herrmann. Na pauta do encontro: o desenvolvimento do Brasil. Para o executivo, conhecido pelo carisma e por motivar a plateia, o problema do Brasil é a falta de foco e da conscientização de sua importância à economia e o sustento alimentar mundial.

Herrmann fez algumas projeções e apresentou estudos sobre as tendências da economia mundial e o boom populacional, aumento de ciclos migratórios e aumento, massivo, da produção de alimentos. Conforme dados divulgados, até 2050, os problemas sociais oriundos do crescimento populacional devem aumentar. “O problema do ser humano é que olhamos apenas para o próprio umbigo”, disse.

Comandante de uma das maiores potências do agronegócio mundial, Hermann afirmou que o Brasil tem inúmeros problemas, mas a falta de foco em coisas importantes, como a “missão de alimentar o mundo”, proporcionaria ao País uma alavancagem em seu desempenho econômico. Até a metade deste século, o Brasil deve se tornar a 6ª potência econômica do planeta. China; EUA e India ficam com as três primeiras posições do possível ranking. O gigante país comunista da Ásia deve acumular um PIB, em 2050, na casa de US$ 50 tri e os EUA, pouco mais de US$ 34 tri.

“O Brasil tem a missão e a vocação para o agro. Os chineses possuem a vocação à indústria. Os indianos para à ciência. E nós brasileiros, a mais nobre das missões: alimentar o planeta”, sentenciou.

De acordo com dados auditados pela PwC (PriceewaterhouseCooper), o desempenho agrícola do Brasil aumentou em 70%, desde meados dos anos 80. O país, há época, produzia 37 milhões de toneladas de grãos. Hoje o número cresceu para 237 milhões de toneladas. Em 30 anos, a perspectiva para o Brasil é produzir entre 300 a 350 milhões de toneladas em pouco mais de 72 milhões de hectares. Atualmente a produção brasileira ocupa 63 milhões de hectares. Em letras miúdas, haverá aumento da produção e menor ampliação da área de plantio.

PUBLICADO EM: 26 de outubro de 2019