FEDERASUL promove reunião de alinhamento estratégico para 2021

Os projetos nas áreas de infraestrutura e inovação foram detalhados durante o encontro que também traçou cenários para a economia e recebeu a saudação do presidente da CACB, George Teixeira

                Mais de 100 líderes empresariais participaram nesta sexta (29), da reunião híbrida do primeiro encontro de integração para alinhamento estratégico da nova gestão da FEDERASUL. Propostas e projetos do presidente Anderson Trautman Cardoso foram detalhados nas áreas de inovação e infraestrutura. O encontro serviu para dar início ao programa da gestão 2021/2022 que propõe um upgrade na área de inovação, com a implantação de uma plataforma para conectar as filiadas à FEDERASUL, integrar processos, oferecer serviços, gestão e aprimoramento profissional, baseados em pesquisa realizada junto as entidades do interior e com o apoio da Fábrica do Futuro.

         O presidente Anderson Trautman Cardoso abriu o encontro, às 9h, falando sobre o ano desafiador de 2021 e lembrando a atuação da FEDERASUL em 2020, através de seus posicionamentos e luta contra a reforma tributária do governo Leite – que acabou sendo retirada da pauta de votação na Assembleia Legislativa por falta de votos favoráveis ao governo. “A atuação da entidade tem sido e continuará sendo fundamental e intensa para a promoção das reformas”, disse o presidente.

         O encontro também divulgou os projetos nas áreas de inovação e infraestrutura, com a união de todas as filiadas à nova plataforma. Ela começa a ser implantada com previsão de ser concluída no segundo semestre. A reunião serviu ainda para reforçar o “otimismo moderado” da FEDERASUL em relação ao desempenho econômico deste ano.

GESTÃO COMPARTILHADA

         O vice-presidente de Integração, Rodrigo Sousa Costa, mostrou que a gestão que inicia será compartilhada, em sua área de atuação junto às filiadas, com Rafael Goelzer. “Faremos uma gestão integrada” disse Rodrigo que lembrou os espaços de discussão abertos junto ao poder público para um diálogo. “Nosso desafio é entregar resultados”, afirmou.

         Rafael Goelzer lembrou o ano de trabalho e “entregas” da FEDERASUL e citou quatro pontos que foram decisivos para o sucesso dos pleitos: engajamento, capilaridade, ações concretas e cirúrgicas e entregas reais. Também a ex-presidente Simone Leite participou do encontro, que encerrou às 13h30min. “Quando se trabalha em conjunto as entregas se multiplicam”, enfatizou o sentimento de pertencimento da entidade.

CENÁRIO ECONÔMICO

         O coordenador da Divisão de Economia da FEDERASUL, Fernando Marchet, falou sobre o cenário econômico de 2021 e se mostrou otimista, embora de forma moderada, com o crescimento. Sempre lembrando que é preciso ficar atendo à COVID-19, previu que a pandemia deverá ser controlada neste ano, favorecendo o desempenho econômico.

         Falou sobre os efeitos das eleições de Biden nos Estados Unidos lembrando que o Brasil vai continuar protagonista nas relações comerciais com a China e Estados Unidos, mesmo que os dois países restabeleçam as boas relações, amenizando a guerra comercial.

         O cenário indica uma “melhora positiva” depois do crescimento negativo do PIB, adicionando os juros baixos e a normalização da política monetária que poderá permitir uma liquidez internacional com investimentos de longo prazo. Disse também que a balança comercial tem condições de crescer 11,8% no Brasil e que o investimento direto terá um acréscimo de 25,8% em relação a 2020.

         Enfatizou que a questão fiscal brasileira é o maior problema e classificou como “dramático” o ano de 2020 no quesito investimentos. Traçou ainda um cenário dos setores econômicos e estimou que a economia gaúcha deve crescer 4,9% em 2021 e a brasileira, “3,8%”.

         Concluiu dizendo que o cenário propício para o crescimento precisa de reformas mas enfatizou que a “reforma administrativa deixa de ser necessária para entrar numa pauta de essencial”

INOVAÇÃO

         O vice-presidente de inovação, Alfredo Fedrizzi, falou sobre o tema e disse que quando se trata de inovar é preciso vasculhar o que não se vê. Citou Marcel Proust, autor dos livros Em Busca do Tempo Perdido para ilustrar que é preciso ter novos olhos para as paisagens.

         Falou sobre a mudança de comportamento do mundo, citando os anos de 1950 quando a maioria da sociedade era de pessoas normais. Nos anos 70, inicia o processo de achatamento do número de pessoas normais e de 2010 para cá, manos pessoas normais se mais pessoas que saúdam e consomem novas ideias e projetos.

         Falou também da importância da diversidade e concluiu que a pandemia “nos ajudou a diversificar colocando em prática novos olhares aos processos” . Concluiu dizendo que “o futuro acabou. Não dá mais para prever o futuro. É preciso fazer o futuro”.

INFRAESTRUTURA

         O vice-presidente de infraestrutura da FEDERASUL, Antonio Carlos de Carvalho Bacchieri Duarte, detalhou o projeto da entidade para o setor. Os resultados do levantamento feito pela FEDERASUL, no ano passado, através das oito macrorregiões já existentes no Fórum – O Rio Grande em Transformação – que envolveu 157 entidades com mais de 70 mil empresas, que mapearam 10 demandas em cada uma – serão agora também utilizados. A nova gestão destacou três, das 10 anteriores, como “as mais próximas de objetivamente serem implementadas”.

         Nas regiões centro sul, sul e campanha, por exemplo, as três demandas destacadas são: conclusão da duplicação da BR-116; a pavimentação da RS 473 que liga São Gabriel a Bagé e o término da duplicação da BR 392 (lote 4) apenas 9km do porto de Rio Grande.

         Outros exemplo: as demandas selecionadas na fronteira noroeste e missões foram: ferrovia, usina hidroelétrica de Garabi e ponte internacional (porto Xavier/porto Mauá). Já, na metropolitana, rio dos Sinos e Caí, a continuação da BR 448 até Portão ou ampliação da BR 116 em São Leopoldo; a concessão da RS 010 de Porto Alegre a Sapiranga e a  indicação de pessoas técnicas para a presidência e diretoria da Junta Comercial.

PLATAFORMA

         Ao apresentar os resultados da pesquisa interna e do projeto da Plataforma FEDERASUL, Francisco Hauck, da Fábrica do Futuro, falou sobre a plataforma de conexão entre as filiadas. Ele resumiu o conceito de inovação dizendo que é assunto de pessoas criativas e não de jovens apenas. “Quando a FEDERASUL está se propondo à inovação está cumprindo seu papel de agregadora”.

         A plataforma FEDERASIL é uma ferramenta para facilitar o acesso a conteúdos para que as filiadas possam entregar serviços melhores e entregar mais. Trata-se de uma rede de ecossistemas e cooperação.

PESQUISA

         A pesquisa promovida pela FEDERASUL para a implantação da plataforma mapeou as atividades das filiadas, o número de colaboradores (a maioria até cinco), empresas associadas (a maioria entre 200 a 400), verificou se as principais empresas da região são associadas e pediu sugestões de quais os principais temas a serem debatidos pela entidade (inovação foi a maioria).

         A sondagem também chegou nas sugestões de temas para eventos da FEDERASUL e apurou os serviços que as filiadas utilizam e os formatos para participar de eventos (híbrido foi a maioria). A pesquisa mostrou também a relevância de ter uma plataforma e sua adesão e que os principais objetivos de seu uso são geração e conversão de negócios e compartilhar experiências.

ENCERRAMENTO

         O presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), George Pinheiro, que também participou da reunião. Fez uma saudação ao presidente Anderson Trautman Cardoso, falou sobre a COVID e suas consequências na economia e sobre a CACB digital com novas ferramentas para integração de serviços.

PUBLICADO EM: 29 de janeiro de 2021