FEDERASUL discute os aumentos de casos da COVID-19, no RS

Acesso ao crédito, junto ao sistema financeiro, e desoneração da folha também pautaram a última Reunião de Integração do primeiro semestre. Presidente da AL, Ernani Polo, e o secretário de Governança, Claudio Gastal, participaram do encontro

Mais de 70 líderes empresariais participaram do encontro. FOTO: REPRODUÇÃO/ZOOM

Como de praxe, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL) realizou na manhã desta quarta (10) mais uma reunião de integração, que acontece em todas as segundas quartas-feiras do mês. O encontro, com mais de 70 participantes via conference call, abordou o aumento dos casos de infecção por coronavírus. Com base nos dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, o vice-presidente de Integração e mediador da reunião, Rafael Goelzer, observou que a região do Vale do Taquari, em específico a cidade de Lajeado, possui alto índice de contágio pelo vírus. Voltando o olhar sobre a Região Metropolitana, Simone Leite, trouxe para o debate a situação do município de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos.

Os casos na cidade, se a mensuração dos dados fosse por município e não por região, causaria um lockdown em Novo Hamburgo, pois estaria no âmbito da bandeira preta, conforme o Plano de Distanciamento do RS. “É preciso que haja conscientização por parte da população. Cada município é importante. O Rio Grande é exemplo no combate ao COVID-19, mas a FEDERASUL está preocupada com o aumento dos casos da doença. A piora na situação significa uma profunda ruptura econômica”, disse Simone.

A flexibilização no acesso ao crédito foi debatido no encontro. Simone Leite afirmou que a Entidade está trabalhando de forma incansável junto aos bancos públicos e privado, bem como os de fomento, a fim de facilitar a concessão de capital de giro e empréstimo à classe produtiva. “A dificuldade em acessar terá como reflexo a ampliação da desigualdade social”, afirmou Simone. Além desta pauta, a desoneração da folha foi aclamada por todos os líderes empresariais presentes na reunião virtual.  

Em virtude da pandemia a cadeia produtiva foi afetada de forma aguda, a falta de capital de giro para cumprir com compromissos tributário, fiscal e trabalhistas, acabam por sucumbir planos de investimentos e afetam a retomada do círculo virtuoso da economia e a retomada na contratação de mão de obra. Na perspectiva da Entidade, o Governo Federal precisa flexibilizar por um prazo mínimo de 180 dias para que essa desoneração vigore, a fim de dar fôlego às empresas.”Os impactos não afetam apenas a classe produtiva, mas também os cofres públicos, visto que a arrecadação de impostos caiu de forma drástica. O Poder Público precisa ser sensível à essa situação”, disse a presidente da Federasul.

Simone cobrou que haja debate sobre a estabilidade do servidor público, com foco em classes abastadas, tendo como base salários que partam de R$ 10 mil e que extrapolem o teto. A FEDERASUL defende uma ampla reforma administrativa no rol de leis que envolvam essa pauta, em todas as esferas do setor público.

PODER EXECUTIVO E LEGISLATIVO

O secretário de Governança, Claudio Gastal, apresentou projetos, bem como o plano de trabalho do Governo do Estado no combate ao coronavírus em todos os setores. A desburocratização da esfera administrativa e a manutenção da economia são os cernes frente à crise.  

O presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, abordou sobre a LDO e ações que visam à competitividade econômica, gasto consciente do dinheiro público e como que o Parlamento está trabalhando no combate à COVID-19 junto com os demais Poderes do Estado.

PUBLICADO EM: 10 de junho de 2020