FEDERASUL realiza campanha para incentivar a doação de órgãos

Durante todo dia a FEDERASUL manteve vivo, através de lives, o apelo pela doação de órgãos

                Um dia de emoções e de conscientização viveu a FEDERASUL nesta quinta (02) na condução da campanha Diga Sim à Doação de Órgãos – Nossas Famílias precisam saber. Graças aos depoimentos de transplantados, pacientes na fila do transplante, médicos, enfermeiras, religiosos o tema ganhou nova dimensão com os números dos que aguardam por um transplante. No Brasil, 48.315 pessoas estão na fila à espera da doação de órgão. Destas, 967 são crianças. No Estado, 2.179 gaúchos aguardam na fila, sendo 56 crianças.

         O mais triste dessa história é o fato de que a pandemia agravou o problema. Apenas no Estado, pela primeira vez, a taxa de doadores foi menor que a do Brasil, lembrou o presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso. Neste ano, o Rio Grande perdeu muito em relação a outros Estados no se refere a taxa de não autorização familiar. Foram 42% de negativas enquanto no Paraná foi de 24% e SC, 29%. Os dados são do Relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.

         Ainda em 2021 aconteceu outra história triste no Estado: dos 427 doadores elegíveis apenas 117 foram efetivos, também pelos dados do Relatório da ABTO. Neste ano, morreram 1772 brasileiros a espera de um órgão. 36 eram crianças.

         Para reverter esse quadro e as famílias optarem pelo sim, atendendo o desejo de quem quer doar, a FEDERASUL abraçou a campanha e junto com outras sete entidades (Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Famurs, Cremers, ONG De ponto a vírgula, OABRS e Sinepe). A programação da campanha ocupou todos os espaços das redes sociais da entidade. Às 8h iniciou com a postagem dos certificados de doação que foram sendo colocados pelas entidades parceiras e seus associados.

         Em seguida iniciaram as 16 lives,, uma a cada 30 minutos, com a  condução de um jornalista gaúcho cada. Passaram pelas redes da entidade, além de oito transplantados, um que está à espera de um órgão, três médicos, quatro enfermeiros, quatro religiosos, psicólogo, fisioterapeuta, professor, desembargador e o senador Lasier Martins.

Entre as ações que a FEDERASUL quer alcançar, a começar pela sensibilização da sociedade e a mobilização das lideranças públicas e privadas, está a alteração da legislação.  O vice-presidente de integração da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, explica que o PL 3643/2019 do senador Lasier Martins (que participou da  live das 14h30min), vai incluir a mudança de deixar explícito que a autorização familiar, no caso de retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoa falecida, somente será necessária quando o doador não tiver, em vida, se manifestado de forma expressa e válida a respeito. Participou também desta live o desembargador Carlos Eduardo Richinitti, coordenador do Projeto Doar é Legal do Tribunal de Justiça do Estado.

Continuidade

         Sob a #1salva8 a FEDERASUL vai permanecer com a campanha na firme decisão de reduzir a fila de espera dos transplantes que na pandemia aumentou muito. O vice-presidente do CREMERS, Eduardo Trindade, que participou das lives pela manhã, disse que o número de pessoas que aguardam o transplante é impactante e lembrou que “o custo dos pacientes, para o poder público, que esperam por um órgão é alto”.

         O vice-presidente da micro e pequena empresa da FEDERASUL, Rafael Goelzer, que também conduziu algumas das lives, lembrou que a doação de órgãos “é um tributo à vida e a legislação precisa facilitar a decisão de doar”. Também interagiram das lives, os vice-presidentes da entidade, Alexandre Gadret e Milton Terra Machado.

         O transplantado João Campello, que recebeu um pulmão em 2015, definiu o transplante como “uma possibilidade de sequência, não de cura”. Assim como outros transplantados como Liège Gautério, Analia Goreti da Silva, Odair Eger, Gabriel Ciochetta, James Cassiano, Letícia Corassa que participaram das lives, disseram que doação de órgãos ainda é um assunto que ninguém fala. “Só os envolvidos”, lembrando que “doação de órgãos é uma responsabilidade social e um bem econômico para o Estado”.

 

 

 

 

PUBLICADO EM: 2 de dezembro de 2021