Cresce o número de empresas em processo de recuperação

DSCN6474O segmento industrial é o que mais está presente entre as ações que ingressaram nas Varas de Recuperação Judicial e Falência, no último período. Muitas sofrem com a crise econômica no Brasil, segundo o juiz da Comarca de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, que acompanhou o número de processos saltarem de três para 20 de 2014 para 2015. “Nós somos um exemplo de um efeito que se multiplica pelas demais cidades do país”, afirmou. Acompanhado pelos advogados Renato Luiz Mange e Thomas Felsberg, “Os 10 anos da Lei de Recuperação de Empresas” foi colocado em discussão durante o Meeting Jurídico, promovido pela Federasul.

Os três advogados concordaram que as empresas devem trabalhar de forma preventiva e diagnosticar com antecedência uma possível falência. “Grande parte precisa de um reposicionamento estratégico e operacional”, destacou Felsberg, ao defender que antes de ingressar com o processo é preciso apostar em uma ação extrajudicial. Com esse instrumento, o empresário pode renegociar as dívidas e resgatar a credibilidade e confiança do mercado.

Segundo o juiz da Comarca de Novo Hamburgo, 50% das empresas que ingressam com processo de Recuperação Judicial e Falência conseguiram retomar as suas atividades. “Acompanhamos e fiscalizamos o andamento do processo até dois anos”, contou o magistrado ao defender que sejam criadas Comarcas Especializadas no assunto. “Essa não é só uma questão econômica, mas também social que deve receber maior atenção por parte do Judiciário”, pontuou.

Entre os avanços somados aos 10 anos da criação da lei, o advogado Renato Luiz Mange destaca que os acordos entre credores e devedores passaram a ser realizados com mais transparência e agilidade por meio de assembleias. Por outro lado, entre os entraves gerados pela legislação está a dificuldade para serem finalizadas as ações. “Enquanto isso os empresários ficam impedidos de reiniciar um novo negócio e buscar novos caminhos no mercado”, disse Mange.
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Na foto: Renato Mange, Roberto Martins, Thomas Felsberg e Alexandre Kosby Boeira
Crédito: Renato Albasini

Fonte:  Assessoria de imprensa

PUBLICADO EM: 2 de junho de 2015