Cenários econômico e político por líderes empresariais

Gerdau e Randon encerraram as comemorações de outubro, dos 30 anos do Tá na Mesa, que contou a presença de ex-presidentes da FEDERASUL e da Orquestra Jovem do RS

A FEDERASUL realizou nesta quarta-feira, 25, o último evento comemorativo aos 30 anos do Tá na Mesa.   Os convidados da quarta edição do evento que reuniu líderes que transformaram o Rio Grande do Sul foram Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração do grupo  Gerdau e Daniel Randon, presidente da Randon.

Com música da Orquestra de Jovens do Rio Grande do Sul, o Tá na Mesa, homenageou os presidentes que comandaram o evento, criado em 1993, na gestão de Anton Karl Biederman. Eles receberam uma placa comemorativa.  

O presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa falou do grande orgulho de celebrar os 30 anos do Tá na Mesa enaltecendo o empreendedorismo gaúcho tão bem representado pelos dois líderes presentes no evento desta semana. “O Tá na Mesa se consagrou ao longo dos anos como um espaço de expressão de talentos que demonstram a capacidade de transformação do povo gaúcho”, argumentou. 

Rodrigo destacou ainda que a FEDERASUL vem evoluindo nos últimos anos ao firmar suas posições em defesa do melhor ambiente de negócios, da competitividade e na busca do bem comum. “Reafirmamos nossa preocupação com as próximas gerações, vamos transformar o futuro usando nossos dons”, complementou. 

Cenário pelos convidados

Ao traçar um paralelo com o que ocorre nesse momento na Argentina, o empresário Jorge Gerdau disse que nos últimos anos o Brasil também tem tido comportamentos de extremos. Destacou que os países que se desenvolvem não são os que trabalham com extremismos políticos, mas sim focam na modernização de suas estruturas e possuem uma visão social. “Os países politicamente modernos conseguem achar pontos de equilíbrio”, destacou ao argumentar que a China, por exemplo, embora tenha uma estrutura ditatorial usa mecanismos da economia privada para conduzir suas finanças. Gerdau disse ainda ter dúvidas se o Brasil conseguirá manter esse equilíbrio, especialmente diante de uma carga tributária tão elevada. Segundo o empresário existe um atraso muito grande no país especialmente nas decisões de questões tributárias e fiscais. Gerdau se disse ainda preocupado por não ver no momento atual perspectivas de aumento de receita ou redução de despesas no governo federal. E finalizou dizendo “estamos estagnados, precisamos da mobilização dos empresários para promover o crescimento econômico e atender as necessidades sociais”.

Ao anunciar que a Randon continuará investindo na Argentina, embora as eleições tenham reduzido o ritmo da economia, o empresário Daniel Randon acrescentou à manifestação de Jorge Gerdau sua avaliação de que é necessário que os governos gastem menos do que arrecadam. “Além da governança é preciso manter o equilíbrio fiscal e a transparência”, afirmou. Mesmo assim, acredita que o Brasil poderá ser protagonista no segmento de energias limpas, o quem tem sido bem-visto por investidores que veem o país como opção.

Para Randon, o gaúcho tem o DNA do empreendedorismo muito forte. Ele entende que é preciso aproveitar momentos de crise para revisitar conceitos e buscar a inovação. Ele defende ainda que é mais importante criar leis que sejam reguladoras do mercado do que punitivas.

Homenagem 

A FEDERASUL aproveitou o evento comemorativo para prestar homenagem aos ex-presidentes da entidade com a entrega de uma placa alusiva aos 30 Anos do Tá na Mesa que foi criado na gestão de Anton Karl Biedermann em 1993.

Música

O último evento comemorativo dos 30 anos do Tá na Mesa contou também com a apresentação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul. Sob a regência do maestro Telmo Jaconi, os jovens músicos executaram duas músicas.

 

PUBLICADO EM: 25 de outubro de 2023