Simplificação fará o Rio Grande do Sul voltar a crescer

. .

Painel discutiu possibilidades e ideias sobre os avanços na economia, modernização do Estado e foco em temas específicos e de grande impacto

 

Claudio Gastal (esq.) e Ruy Irigaray na coletiva de imprensa da Federasul – Foto: Rosi Boninsegna

No clima da Semana Farroupilha, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL), discutiu os caminhos que devem ser percorridos para o Estado ganhar competitividade, diminuir barreiras e melhorar serviços aos contribuintes. Para falar sobre o desenvolvimento e a retomada do crescimento, a Entidade convidou os secretários Claudio Gastal (Governança e Gestão Estratégica) e Ruy Irigaray (Desenvolvimento Econômico e Turismo). No comando do encontro, Simone Leite, presidente da Federasul, vestida à caráter, conforme a tradição gaúcha, convidou a todos a cantar o tradicional Hino Rio-Grandense.

Para Gastal, que é especialista em inovação e desenvolvimento da máquina pública, o Estado precisa estar integrado e empenhado em evoluir na trindade formada por questões Tributárias; Logísticas e Burocráticas.  De acordo com o secretário de Governança do RS “possuímos um custo logístico que onera, e muito, o empreendedor. A cada R$ 1,00 que é negociado, o empreendedor perde R$ 0,20 centavos em problemas com transporte, escoamento da produção e etc”, disse. No tocante à tributação, Cláudio se diz confiante, pois o pensamento no CONFAZ (Conselho Nacional das Fazendas Estaduais) está voltado para a remodelação, e até mesmo a extinção, do ICMS, que no RS é o maior entre os demais estados da Federação. Aqui a alíquota média é de 17%, chegando a 30% em combustíveis, energia e telecomunicações. “É preciso simplificar aquilo que está no escopo das obrigações do Estado. Temos que privatizar, sim aquilo que não gera lucro ao Estado ou não lhe cabe fazer”, afirmou Gastal.

O chefe da pasta de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, focou na recolocação do Estado entre as principais economias. Ele disse que “somos um Estado com empresas globais, de relevância e de peso”. Lembrou que acreditam no Rio Grande do Sul e que, por meio de suas marcas, levam o DNA gaúcho em seus produtos. “Por isso o Estado tem a obrigação de viabilizar soluções para os gargalos em que está inserido”, declarou.

No início do Tá na Mesa desta quarta-feira (18), Simone Leite anunciou o posicionamento da Entidade sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Batizada por “LDO Realista”, a Federação se coaduna de forma incondicional e que [a LDO] escancara a situação dramática do Orçamento Estadual. Para Simone “soluções como esta conduzem o Rio Grande do Sul novamente aos trilhos do desenvolvimento”.