Ipiranga projeta agregar novas tecnologias para atender ao mercado

Crescimento do varejo de combustíveis está atrelado aos aplicativos de mobilidade compartilhada e serviços centralizados

 

A Ipiranga superou a crise econômica com serviços secundários à atividade principal de postos de combustíveis. A estratégia permitiu evitar um aumento mais elevado nos preços dos combustíveis, disse o diretor-superintendente da Ipiranga, Leocádio de Almeida Antunes, ao falar no Tá na Mesa, desta quarta-feira (11). A Ipiranga, que nasceu no Rio Grande do Sul, há 80 anos, supre a necessidade de um dos maiores mercados de combustíveis do planeta (Brasil), o sétimo para ser mais exato.

De acordo com o superintendente, a marca Ipiranga é referência no mercado varejista de combustíveis e, com a ideia de fomentar e agregar novos negócios, hoje, o grupo possui em seu portfólio uma gama de serviços que, anteriormente, seria inimaginável, tais como padarias, cervejas, entre outros serviços, como o programa de descontos Abastece Aí e o ConectCar, ferramenta que permite gerir frotas e liberdade na locomoção por estradas pedagiadas, a fim de evitar o transtorno de filas nas rodovias credenciadas.

Já a precificação dos combustíveis é resultado de questões políticas, destacou Leocádio, lembrando da complexidade tributária do País, que eleva, ainda mais, o aumento das irregularidades, que “chegam a atingir cerca de R$ 4,8 bilhões por ano, só em sonegação”.

O crescimento e a consolidação da Ipiranga é resultado do enfrentamento dos desafios e oportunidades do mercado. Em países como Brasil e México, vê-se um aumento do mercado de transporte compartilhado. Dos 3 maiores mercados do transporte por aplicativos (Uber ou Cabify), dois estão no País (São Paulo em primeiro e Rio de Janeiro em terceiro). Na segunda posição está a Cidade do México.

 De olho nessas alternativas e transformações, a Ipiranga está focando para manter-se forte na liderança do mercado (41% no Brasil e 51% no Estado), que hoje é preenchido por pouco mais de 42% de postos chamados “bandeira branca”, que preferem não promover ou associar-se a marcas de mercado.

De acordo com Ipiranga, cerca de 110 bilhões de litros de combustíveis foram comercializados e distribuídos no Brasil, em 2017, em 42 mil postos revendedores com uma movimentação financeira de 330 bilhões de reais. Hoje a marca possui no RS cerca de 1.121 postos; 410 lojas Am/Pm; 278 unidades do Jet Oil; 114 padarias Am/Pm e 59 Beer Caves (grife de cervejas). Além disso, há a possibilidade da inclusão de um serviço de comercialização de frutas e verduras, dentro das lojas de conveniência Am/Pm.

Ainda no mercado, a Ipiranga informa que, com base no nicho de carros elétricos, a frota brasileira deve ser composta, na próxima década, de 1% de veículos nesta condição e 10% das vendas até 2028. “Estamos atentos a esta realidade”. A presidente da Federasul, Simone Leite, lembrou que a Ipiranga é um exemplo de sucesso e de empreendedorismo com DNA gaúcho.

PUBLICADO EM: 11 de abril de 2018