Entidade é contrária ao modelo do edital de concessões apresentado pelo governo federal

A Federasul enviou nesta terça-feira, 04, posicionamento para todas as filiadas, reafirmando ser favorável às concessões, mas contrária ao modelo proposto pelo edital chamamento público 11/2015 PMI. A decisão da presidente da entidade, Simone Leite, é de alinhamento com todas as ACIs.

         O documento, enviado pela presidência, é resultado de reuniões realizadas pela comissão permanente de infraestrutura da entidade e, aprovada em reunião de diretoria, para ser enviado aos presidentes e superintendentes das Associações Comerciais e Empresariais do RS.

         O texto, de uma lauda, inicia lembrando que os investimentos do Estado em infraestrutura são insuficientes para atender as carências e lembra que, por causa disto, cresce a importância das concessões que se tornam atrativas. Destaca que os investimentos nesta área são vitais para manter a economia aquecida e fomentar o desenvolvimento.

         Explica que decidiu alinhar o posicionamento depois de verificar descontentamento das comunidades, empresários e entidades representativas com o modelo proposto que “está em desconformidade com o interesse dos usuários e cidadãos” e cita  a proposta feita pelo Grupo Triunfo.

No conteúdo do documento, a Federasul sugere a “realização de um novo marco regulatório; o fracionamento da concessão atraindo mais investidores; uma maior fiscalização e transparência; tarifas justas e módicas com isenção de impostos e progressividade; uma estrutura tarifária e cobrança moderna; início das obras já no primeiro ano de concessão; mecanismos que não inviabilizem o desenvolvimento das comunidades locais; amplo debate e análise crítica nos investimentos e criação de um Conselho Consultivo para que sejam discutidos os anseios e prioridades da comunidade local”.

O coordenador da Comissão Permanente de Infraestrutura, Marcelo Gazen, afirma que a missão da entidade é congregar as entidades empresarias do Estado do Rio Grande do Sul em prol das causas relevantes. “defendemos um diálogo claro entre Governo e as entidades representativas das localidades envolvidas, fato este que trará um maior desenvolvimento econômico e social, condições de tráfego e maior segurança para salvas vidas. Finaliza afirmando que “não podemos permitir que os usuários sejam os financiadores exclusivos das rodovias, para as quais já contribuem com elevada carga fiscal”, conclui.

PUBLICADO EM: 4 de abril de 2017